domingo, 6 de maio de 2012

Reflexões "fresquinhas" sobre Educação Especial e Inclusão!

Caros seguidores e amigos leitores,

Faz algum tempo que não posto algo por aqui. Sintomas da vida de pós graduanda e profissional! Diante do longo tempo e das tantas coisas que tenho experienciado neste novo momento em minha vida profissional, decidi, neste post, partilhar com vocês as inúmeras reflexões que tenho feito nos últimos meses!

A primeira indagação a que todos os ingressantes no Programa de Pós Graduação em Educação Especial se fazem é: porque um programa de "Educação Especial" dentro da era da educação inclusiva? Não seria um contra-senso? 
E a resposta vem logo no início. O entendimento de que a Educação Especial constitui-se uma modalidade de ensino dentro da educação regular. Trata-se da gama de serviços que se destinam a atender crianças, adolescentes e adultos com necessidades educacionais especiais (não apenas os deficientes), ou seja, pessoas com deficiência intelectual, deficiência física, sensorial, múltipla, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades (superdotação). Não é possível radicalizar a discussão de inclusão e negar a necessidade de serviços especializados para apoiar a vida independente destas pessoas
A reflexão seguinte: é certo que a educação segregada, em salas especiais ou em instituições não beneficia às pessoas com necessidades especiais. É certo também que novas propostas pedagógicas para o atendimento das necessidades destas pessoas é fundamental. Entretanto, é possível afirmar que as famigeradas "salas de recursos multifuncionais" são a melhor opção para escolarização do público a que se destina a educação especial? Não seriam tais ambientes novas modalidades de salas especiais, novos ambientes segregados, e que privilegiam ensinos descontextualizados? 
Como profissional inserida num serviço de Atendimento Educacional Especializado e recebendo orientações e diretrizes do MEC sobre esta forma de trabalho, até então entendia como a única possibilidade de favorecer a escolarização de pessoas com necessidades especiais. Porém, agora passo a fazer novas reflexões: como promover a articulação entre professor do ensino regular e professor de educação especial se este serviço deve ser oferecido em período contrário ao que a criança está matriculada? Como promover o verdadeiro aprendizado dos alunos diante da falta de recursos específicos e de profissionais especializados? 
Não há como negar os avanços políticos relativos à inclusão escolar e social das pessoas com necessidades especiais, porém as reflexões sobre a qualidade e a efetividade de tais ações é primordial. 
Bom, mas se o que temos não é a melhor opção, qual alternativa resta? Há inúmeras pesquisas que apontam uma nova perspectiva de trabalho dentro das escolas e que pode ser mais efetivo no ensino e aprendizagem verdadeiramente inclusivos - O Ensino Colaborativo. Esta proposta prevê o trabalho conjunto entre professor de ensino especial e professor da sala comum na adaptação de estratégias pedagógicas para o ensino de pessoas com necessidades especiais.   

Nesta nova modalidade, a criança não sai se sua sala. Quem vai até ela é o professor da educação especial, cuja importância é auxiliar o professor do ensino regular sobre as peculiaridades no processo ensino-aprendizagem de pessoas com necessidades especiais. 

E para finalizar, a mais importante das reflexões: não há trabalho efetivo que se prive da análise de questões políticas que o envolvem! A discussão que adentra os meandros das intenções subjacentes às ações políticas desaliena e permite a prática profissional e a educação libertadoras!



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