quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"Café, Educação e Neurociências "

O CIPE promoverá nos dias 02 e 03 de fevereiro de 2011 o "I Café, Educaçao e Neurociências". Se você é professor, diretor, psicólogo ou profissional da saúde, venha conhecer um pouco mais sobre o Projeto Plural e sobre a interface entre Neurociências e Educação. O bate papo será conduzido por mim - Luciana Stoppa, pela Profª. Dra. Valéria Catelli - neurocientista e será ainda melhor com a sua participação.
Não deixe de comparecer... Basta ligar para confirmar sua presença!
Você é nosso convidado!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Curso de Formação em Sociodrama Familiar Sistêmico

O ano de 2011 traz inúmeras novidades na formação de profissionais em Ribeirão Preto!
Psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, advogados entre outros profissionais com formação superior poderão iniciar um curso de Formação em Terapia Familiar Sistêmica, que será promovido pelo NEP - Núcleo de Estudos em Psicodrama de Ribeirão Preto em parceria com Escola de Sociodrama Familiar Sistêmico.
O Sociodrama Familiar Sistêmico é um referencial teórico-prático para a intervenção junto às famílias, demanda que vem crescendo a cada dia.
Os interessados poderão entrar em contato com Elenice Gomes, coordenadora do NEP através do telefone que se encontra no folder ou pelo site http://www.nepribeirao.com.br/, cujo link você encontra aqui no blog.
Fico feliz em divulgar mais essa inciativa do NEP-Ribeirão!

Os sons e o cérebro

Por meio da música os alunos podem aprender a sentir, a expressar e a pensar as manifestações sonoras, tão presentes no cotidiano e sempre em transformação


Antes mesmo de nascer, o bebê já é capaz de escutar. A partir do quinto mês de gestação, ele ouve as batidas do coração da mãe (além de todos os outros barulhos do organismo) e reconhece a voz dela. E reage a esses estímulos, virando a cabeça, chutando ou mexendo os braços, além de ficar com o coração batendo mais rápido. O bebê nasce, cresce, tornase adulto e os sons continuam a provocar essas e outras reações mais sofisticadas: eles evocam memórias e pensamentos, comunicam, provocam sensações, emocionam e movimentam.

Desde os tempos mais remotos, o homem percebeu todo esse potencial. Usando os materiais que tinha à disposição (pedras, ossos, madeiras, o próprio corpo e a voz), ele foi combinando sons e silêncios das mais diversas maneiras. Assim surgiu a música. Em sua origem, ela era usada para venerar a natureza e os deuses e para conectar o ser humano com forças maiores, envolvendo realidade, magia e crenças. Até hoje ela é responsável pela criação dos mais diferentes sentidos e significados.

Mas por que a música mexe tanto com o ser humano? O som é uma vibração que se propaga no ar, formando ondas sonoras que são captadas por nosso sistema auditivo. Depois de transformadas em impulsos elétricos, elas viajam pelos neurônios até o cérebro, onde são interpretadas. Lá, elas chegam primeiro a uma região onde são processadas as emoções e os sentimentos, antes de serem percebidas pelos centros envolvidos com a razão. E, quando isso acontece, ocorre a liberação de neurotransmissores responsáveis por deixar os circuitos cerebrais mais rápidos.

Por isso, o pesquisador americano Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, afirma que a habilidade musical é tão importante quanto a lógico-matemática e a lingüística por auxiliar outros tipos de raciocínio. Pesquisas na área de neurociências comprovam que a memória, a imaginação e a comunicação verbal e corporal ficam mais aguçadas nas pessoas que escutam, estudam e praticam música.

A música é uma das linguagens que o aluno precisa conhecer, mas não somente por essas características. A maior razão é ele poder aprender a sentir, a expressar e a pensar as manifestações sonoras, tão presentes no cotidiano e sempre em constante transformação . As imagens de instrumentos e os diversos ritmos e notações musicais podem ser relacionados com outras manifestações culturais, como a dança e o teatro, e permitem uma análise global da evolução do pensamento humano e suas manifestações.

"Houve e há, apesar das desordens que a civilização traz, pequenos povos encantadores que aprendem música tão naturalmente como se aprende a respirar. O seu conservatório é o ritmo eterno do mar, o vento nas folhas e mil pequenos ruídos que escutaram com atenção, sem jamais terem lido despóticos tratados"
Claude Débussy (18621918), compositor francês


Fonte: Revista Nova Escola – Edição Especial Abril de 2007

http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/sons-cerebro-514711.shtml